Há 56 anos, um grupo de fazendeiros idealistas transformaram em realidade  um  projeto,  que  de  maneira  rápida  e  ascendente ganharia corpo, abrindo novos horizontes para a pecuária leiteira regional. Um marco pioneiro, fruto de um trabalho exaustivo, que de  início  parecia  um  sonho  impossível  e  que  finalmente  se concretizava.

Em 26 de junho de 1.955 inaugurava-se a Laticínios Teófilo Otoni Ltda. A CLTO começava a nascer! O grupo original, pioneiro na fundação da Laticínios Teófilo Otoni Ltda era formado por dez experientes pecuaristas do município. Compunha-o: Romeu Gazzinelli  Júnior  (Meuzinho),João Feliciano Gazzinelli, Sebastião Peroba Gazzinelli, Rosini Gazzinelli, Geraldo Ottoni Porto,Heitor Bamberg, Gustavo Bamberg, Antonio Ribeiro Lorentz, Luiz Gonzaga Lorentz e Adolfo Lorentz.

Lançada a idéia, seguiram viagem para o Rio de Janeiro em busca de orientações econhecimentos  para  a  implantação  de  um  laticínio  na  cidade  e  quando  retornaram  ao município, ainda mais convictos do sucesso do empreendimento, integram-se novamente ao grupo, que adquire um  terreno na Rua Padre Virgolino onde  foi  construída a  indústria.

Com  os  negócios  indo  bem,  o  grupo  original  sofria  pressões  de  companheiros agropecuaristas que desejavam  tornarem-se sócios da Empresa. Reunidos, os bem sucedidos sócios  resolveram ampliar o capital e o grupo passa a contar com dez novos  integrantes, outros renomados ruralistas do município, entre eles: Guilherme Landi, Geraldo Landi, Pedro Martins Abrantes,  Arthur Sá, Pedro Sebastião Ramos e Raul Gazzinelli Sobrinho.

No final de 1.955, a Empresa Laticínios Teófilo Otoni Ltda, possuía uma recepção que girava  entre  8.000  a  10.000  litros  de  leite  diários,  produto  oriundo  das  várias  linhas  em funcionamento, das quais as pioneiras  foram: Pedro Versiani, Topázio e Frei Gaspar. O  leite era pasteurizado  e  vendido  na  cidade  por  intermédio  de  6  carrocinhas,  denominadas  “vacas leiteiras”, puxadas a burro. A  Empresa  crescia.  Os  negócios  prosperavam  e  outros  pecuaristas  propunham pertencer ao quadro de sócios.

Nesta época mais dez sócio  foram admitidos, entre eles: Carlos Hilton Gazzinelli, Guilherme Lorentz Neto, Detzi Gazzinelli e Arthur de Almeida Cruz, entre outros, passando então a Laticínios Teófilo Otoni Ltda a possuir um quadro de 30 sócios que se manteve até o ano de 1.959, quando houve a sugestão de transformar a Empresa Laticínios Teófilo Otoni Ltda, empresa privada, em uma  cooperativa,  ressaltando as vantagens do sistema cooperativo.

Mas  como os negócios  iam muito bem, a proposta  foi  recusada pelos  sócios. Então nova  proposta  foi  lançada,  que  se  criasse  na  cidade  uma  cooperativa  de  consumo,  que funcionaria completamente independente da Empresa de Laticínios. Proposta aceita e então criada a Cooperativa de Consumo (de um modo geral, um supermercado). Com o redundante sucesso do funcionamento da Cooperativa de Consumo (que funcionava no prédio onde hoje se encontra a Loja Veterinária) o termo Cooperativa passou então a ser objeto de análise dos sócios da Laticínios Teófilo Otoni Ltda.

Aproximando-se o final do ano de 1.961 a diretoria da Empresa  fez contatos com o Secretário de Agricultura, Dr. Tristão da Cunha, para que enviasse à  cidade um especialista para  conduzir a  transformação de empresa privada em Cooperativa. Em uma reunião solene a 16 de Dezembro de 1.961 a pioneira Laticínios Teófilo Otoni Ltda foi transformada em Cooperativa.

Nessa ocasião novos sócios, já então denominados “cooperados”  se  integraram  à Empresa. Entre  eles: Romeu Bamberg, Colmar  Laender  e irmãos,  João de Matos, Manoel de  Abreu,  Almir Ramos, Zulberto Martin,  Alberto Ganem, Carlos Pasker, Alberto Loesch, Arno Froeder e Walter Froeder, entre outros. Naquela data, reunidos em assembléia, os cooperados elegeram a 1ª diretoria da CLTO: Presidente – Sebastião Peroba Gazzinelli, Diretor Comercial – Zacarias Ramalho e Diretor Secretário – Carlos Martins de Sá. Vale  lembrar que as duas cooperativas  (Laticínios e Consumo)  funcionaram distintas até por  volta de 1.986, quando no mandato de Gladstone  Tadeu Vieira  Abrantes deu-se a  fusão.

Em 1.966 iniciaram as negociações para a compra do terreno onde hoje se encontram instalados os escritórios e a  Indústria de Laticínios. Um  trabalho cuidadoso, acompanhado por orientações técnicas para o atendimento às exigências legais e também à quantidade de leiteque  chegava à plataforma.

O pioneirismo dos jovens fazendeiros na década de 50, aliados ao trabalho e ao desempenho de outros companheiros de classe que os sucederam, se traduziram no que é hoje um dos grandes complexos industriais do nordeste mineiro. Composta por indústria de laticínios,  fábrica de sal mineralizado e  rações, parque de exposições,  lojas veterinárias, e uma notável frota de veículos, entre outros bens, a CLTO prossegue e intensifica a cada ano a sua caminhada de cooperativismo e progresso, buscando o bem estar econômico e social para o seu quadro de associados.

O ritmo da expansão, resultado do fluxo do trabalho fixado como meta da atual diretoria, exigiu maior agilidade dos serviços desenvolvidos pelos diversos segmentos da Cooperativa, tornando-se necessárias adequações e  reformas para atender a demanda. Hoje, no que se  refere aos serviços prestados, a CLTO se apresenta mais eficiente, com o seu Grande Patrimônio, as marcas  “Cisne”  e  “Papagaio”,  consolidadas  no mercado  e  em grande expansão.

 

Fonte: Jornal Cooperural – CLTO